Você não vai acreditar, mas preciso saber se você tem condições pra acordar. Não, não tô falando de condições físicas. Falo de if clauses, da dependência entre uma circunstância e um fato. De uma condição e um resultado.
Então, quais são suas condições pra voltar?
Se picolé voltasse a ser só picolé e não paleta mexicana você acordava?
E se a moda fosse brigadeiro de Nescau e não de cachaça?
E se tivesse um festival de rua de Kombis de pastel e não de food trucks?
E se a pipoca com sal e piruás invadisse os cinemas e não as de sabor limão e de trufas brancas?
E se Galinha d’angola voltasse a ser enfeite de louça e não recheio de coxinha de frango?
E se o quindim fosse amarelo-ovo e não vermelho-framboesa?
E se hambúrguer fosse de carne e de esquina e não de 225 reais e sal Azul da Pérsia?
E se sucesso fosse sorvete de flocos e não de vinagre balsâmico?
E se a rabanada fosse de Natal e de canela e não de banana split no meio de maio?
E se o churrasco fosse no quintal e não na varanda gourmet, com carvão de acendimento instantâneo, com menos fumaça e maior tempo de queima?
E se hipster e autêntico fosse se preocupar com a água nas torneiras e não com a fabricação de uma Ô Amazon Air Water – água retirada e produzida da umidade do ar na Amazônia?
Tá complicado mesmo, né? Não sei se é rabugice do meu inferno astral ou meu paladar que é vira-lata, mas também tô achando essa gourmertização de tudo chata demais.
Mas calma, me ouve, não desiste.
E se o Lucca e o Fabinho virassem palmeirenses?
E se a casa de Camburi ainda fosse “sua”?
E se a Maria comesse brócolis?
E se reprisassem a novela Celebridades?
E se o Derek falasse seu nome e a Bruna não falasse mais palavrão?
E se não fechasse o Bom Motivo?
E se a Isabella fosse sua afilhada?
E se a água da piscina de casa fosse sempre morna e azul?
E se o Fabio fizesse ioga?
E se o Oswaldo Montenegro não fosse tão cafona?
E se agora a Dani tivesse gêmeos?
E se os vizinhos não fossem esquisitos?
E se a mãe ficasse na sala e eu na cozinha?
E se a Portela ganhasse o Carnaval?
E se ainda desse tempo de dar mais um abraço no pai?
E se de repente a gente não sentisse a dor que a gente finge e sente?
E se tudo isso fosse, Ita, você voltava?
Sempre maravilhosa!!!!!!
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Mariiiii, to achando difícil sem você! Tenho saudades! Muitas!
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Rs..
Food truck mencionado é a cara do Ita !
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A cara! ❤
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Encontrei o blog há mais ou menos uma hora atrás e ainda não parei de ler seus textos lindos! Mesmo sem conhecer as pessoas citadas confesso que ao terminar de ler esse em especial, uma lágrima escorreu…
Força pra você e toda sua família!!
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Que fofa, Marlla! Obrigada
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